Essa postagem é sobre uma síndrome muito recorrente nos jogos de RPG, na verdade, esse é um elemento que só não é mais frequente que a Síndrome do Órfão ( "meu personagem perdeu os pais..."), que tão tradicionalmente enche nossas mesas de RPG.
Nessa postagem vamos tratar da Síndrome dos Boatos.
Não é incomum em um jogo de RPG o momento no qual os jogadores se deparam com um boato. Algo que eles devem investigar a respeito da veracidade. Entretanto, todo mundo sabe que TODOS os boatos são verdadeiros, para falar a verdade, nenhuma fonte de informação é tão confiável quanto o louco da cidade que balbucia palavras desconexas. Até porque a maioria dos RPG's são fantasiosos, então, seria improvável que alguém não acreditasse em um boato, imaginem a cena:
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"Eu acredito no malkavian, afinal de contas, foram mesmo as galinhas que mataram aqueles lobisomens" |
"Um elfo paladino, um anão clérigo, e um humano ranger montado em um dinossauro atroz voador chegam próximo a um homem ferido. O elfo pergunta:
- O que aconteceu aqui?
- Um homem que estava morto se levantou, pegou um cajado e fez crescer asas de suas costas, depois de exterminar todos ao redor com um grito ele voou para a montanha solitária! - respondeu o homem machucado.
- Não é possível você está sofrendo de alucinações - repreende o anão enquanto reza para Thivias, o deus das aranhas falantes, e magicamente cura os ferimentos do homem caído."
De fato, seria ilógico que se discordasse da veracidade das palavras do homem simplesmente por serem fantásticas. Mas, é realmente necessário que os boatos sejam sempre verdadeiro?
Algo interessante para colocar em uma aventura é a falta de realidade nos boatos ouvidos pelos personagens. Seria interessante se por acaso o boato fosse extremamente exagerado ou, melhor, ilustrasse somente uma pequena parte da verdade.
De qualquer forma, apresentar mentiras para os personagens não evitaria que eles percebessem o engano, pois os dados poderiam ser capazes de revelar as mentiras, com um teste de sabedoria, ou empatia por exemplo. Mas, se o npc realmente acreditar que o que diz é verdade, não seria possível os personagens descobrirem através de testes a verdade por trás do boato.
Outra forma de incrementar a trama ou a história seria confrontar dois boatos, os personagens teriam que escolher qual seguiriam, por exemplo, um dos boatos diz que para matar o vilão é necessário fogo, e para fortalecê-lo é necessário água; já um segundo boato diz exatamente o contrário.
Não pretendo incentivar os mestres a tornar os próprios jogadores em paranoicos ensandecidos, mas somente dar um empurrãozinho para tornar as aventuras mais surpreendentes e deixar aquele tradicional jogo improvisado de última hora com uma cara diferente.
kkk
ResponderExcluirA síndrome do ófão eu ja conhecia, ate porque ela sempre está presente em nossas mesas, mas essa do boato é nova pra mim!
Realmente seria legal colocar umas pistas falsas as vezes, daria um incremento bacana da história. Boa dica =)